quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O mistério das cartas



Onofre e Maria haviam acabado de jantar quando a campainha tocou. Foram atender e um estranho casal estava à porta, já os cumprimentado e entrando pela sala disseram que havia uma correspondência a entregar naquele endereço. Foi quando o homem tirou do bolso do paletó um mostruário, e uma pasta e entregou-lhes a Onofre, e assim foram logo saindo.
Onofre curioso foi logo abrindo a pasta e deparou-se com uma carta na qual seu nome estava contido. Intrigado começou a pensar no que estava acontecendo, o que havia dentro daquele mostruário? E aquele casal misterioso, os conhecia de onde? Eram perguntas que não queriam calar e que imploravam por respostas.
Maria também sem entender o que estava se passando, resolveu abrir o mostruário para ver o que ele escondia, e ao levantar a caixa foi surpreendida com um estranho objeto no qual ela desconhecia. Assustada e um tanto curiosa, chamou seu irmão Onofre para poder ver o que ela havia descoberto.
Onofre se aproximou daquele mostruário e pegou um objeto que parecia ser um porta-retratos muito antigo e empoeirado, soprou com força para que a poeira que lhe cobria saísse e assim pudesse ver com mais nitidez o que nele contia. Instigado com tudo aquilo, observou cuidadosamente aquele porta-retratos e percebeu que havia uma foto de uma mulher muito bonita, com marcas da idade aparente em sua face, cabelos compridos e cacheados com lindas joias nas orelhas, que enfeitavam-lhe o rosto.
Maria aproximou-se e tirou a foto daquele porta-retratos para poder observá-la melhor, e então lembrou-se de uma foto que havia encontrado na gaveta de sua mãe e que se assemelhava muito à foto daquela mulher. E então resolveu levá-la para o quarto onde havia visto a foto. Enquanto Maria procurava a foto no quarto, Onofre observava melhor aquela pasta cujo seu nome estava escrito, será que era alguma brincadeira ou ela era realmente destinada a ele? Onofre então observou que bem no finzinho da folha havia algo escrito bem de leve e resolveu tirá-la daquele plástico transparente que a envolvia e percebeu que havia um bilhete escrito no verso, curioso leu o bilhete e lembrou-se de uma história que sua mãe havia lhe contado e assim conseguiu entender tudo o que estava acontecendo.
Entusiasmado foi até o quarto onde sua irmã estava e deparou-se com ela comparando as fotos que por coincidência (ou não) eram exatamente iguais. Maria sem entender nada pediu a seu irmão para que lhe explicasse o que estava acontecendo e ele disse que ela entenderia tudo quando sua mãe chegasse.
Joana era a mãe das crianças e trabalhava fora deixando os filhos com uma babá que, de vez em quando, passava em sua casa pra ver como eles estavam, e assim que ela chegou foi surpreendida com seus filhos na porta de casa à sua espera e quando entrou em casa assustou-se com a euforia de seus filhos que era tão grande que pareciam querer contar todo o mundo em apenas alguns segundos. Mas Dona Joana desconsiderou tudo o que estavam falando, pois pensou que era apenas uma brincadeira. Foi quando Onofre pegou em suas mãos a tal foto misteriosa e mostrou-lhe à sua mãe. Dona Joana emocionada começou a chorar. Mas o que estava acontecendo? Esta era uma pergunta que todos naquela sala gostariam de saber.
Dona Joana ainda emocionada segurou a foto em suas mãos e pediu às crianças para que se sentassem, pois explicaria todo este mistério. Enfim, todos se assentaram e um ar de preocupação rondava por aquele lugar. Dona Joana começou a falar e cuidadosamente em suas palavras disse que aquela foto era de sua mãe que havia se divorciado de seu pai quando ela ainda era muito nova fazendo com que a família se afastasse e que por este motivo se comunicavam apenas por cartas e recados com códigos secretos e com destinatário com nome de Onofre (o que justificava o fato da correspondência ter vindo em nome de seu filho, o qual foi colocado propositalmente na esperança de um dia voltar a revê-la). Mas um dia seu pai descobriu e mudaram para outra cidade fazendo com que as cartas enviadas se perdessem na entrega e agora depois de muito tempo havia retornado a ela.
Maria ainda confusa com tudo que sua mãe havia falado, pegou em suas mãos o bilhete que estava junto com a pasta que continha vários recados em pequenos papéis amassados e bem sujos de poeira. Havia somente um que estava mais conservado, e este possivelmente deveria ser o mais recente, então Dona Joana pegou a pasta e leu aquele bilhete que estava escrito:
“O que é do homem não se perde. Se desvia, e o tempo se encarrega de levar tudo ao seu devido lugar.”
E assim o mistério foi solucionado, ou parte dele pois o casal misterioso e bem trajado que havia realizado a entrega ainda era alvo de dúvidas, mas somente o tempo poderia resolvê-las!

Wilder - 34

2 comentários:

  1. Isabelle Crystyana (209)22 de dezembro de 2011 às 23:43

    Muito interessante, gostei mais do final onde fala que o que é do homem nao se perde, se desvia e o tempo se encarrega de levar...
    Gostei!

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  2. Robson Ferreira Guedes 20923 de dezembro de 2011 às 11:06

    Eu nao gostei desse conto pois foi muito dramatico. As palavras detalhadas fizeram com q o conto perdesse a graça,
    no começo estava até bom com o mistério da carta escrito o nome de Onofre mais o texto inteiro foi dramatico e perdeu a graça.

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