quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

(Sem título)

Os irmãos Catarina e Damião haviam encontrado uma estranha e pequena porta na parede do porão, mas sua mãe interrompeu a brincadeira chamando-os para se deitar… tiveram de conter a curiosidade para o dia seguinte. Quase não conseguiram dormir. Passava mil coisas pela cabeça de cada um, mas enfim pegaram no sono. No outro dia, chegando em casa depois da aula, foram direto ao porão. Chegando lá ficaram espantados com um monte de brinquedos novos e até brilhando. Eles estavam com medo por que não sabiam de quem era aqueles brinquedos e o por que estavam naquele porão que eles nunca tinham visto. Mais a curiosidade era muita e eles deixaram o medo de lado e logo, atacaram aquela montoeira de brinquedo e começaram a se divertir quando, de repente, ouviram barulhos estranhos vindo do fundo do porão e pela porta da frente aparece a mãe deles furiosa e começa a xingá-los, falando que eles não poderiam entrar ali e de que modo eles acharam aquele lugar. Mesmo com a mãe brava começaram a perguntar de quem era aqueles brinquedos. Damião foi o primeiro:
- Mãe, de quem são estes brinquedos e por que nunca falou desse lugar para nós?
A mãe com o rosto desesperado, fala com seus filhos para não fazerem mais perguntas e mandou eles subirem para almoçar. Na mesa, todos calados e tentando descobrir o porquê sua mãe não quis falar daquele assunto. E Catarina resolve quebrar o silêncio e fala com a mãe:
- Mãe, eu tenho duas perguntas para fazer para você. A primeira é: por que a senhora escondeu esse tempo todo aquele quarto de brinquedos? E a segunda: por que ficou com raiva quando Damião te fez a pergunta???
A mãe novamente pediu para que os filhos não tocassem no assunto e falou que um dia contaria tudo para eles!
E com isso os meninos terminaram de almoçar e cada um foi para um canto, Catarina e Bruno, seu irmão mais novo, foram fazer lição de casa. Andréa, filha de criação, foi ajudar a mãe a arrumar a cozinha e Damião foi para o quintal tentar entender o que estava acontecendo.
Andréa aproveitou o momento e tentou tirar alguma palavra ou alguma coisa de sua mãe sobre o quarto de brinquedos.
- Mãe, a senhora está mais calma agora?
E a mãe responde:
- Um pouco minha filha.
Andréa então aproveita:
- Então me reponde uma coisa. Por que aqueles brinquedos estão parados lá naquele porão empoeirado e os brinquedos mesmos não tem nenhuma poeirinha sequer?
E dona Judite resolve falar uma parte daquilo para sua filha.
- Aqueles brinquedos são do seu pai. Vocês sabem que o seu pai é obcecado por brinquedos.
- Mas como assim, mãe? O papai morreu há dez anos, como pode ser dele os brinquedos e como ele pode cuidar muito bem deles? Essa história está muito mal contada. De quem é aquilo e por que nunca disse nada sobre isso para a gente?
- Calma, filha. Não faça perguntas em cima de perguntas. Senta aqui que eu vou te explicar. O seu pai sempre me falava que ele nunca iria abandonar seus brinquedos nem mesmo depois de sua morte e isso está acontecendo. É ele quem toma conta daquilo tudo. Eu não sei como, mas uma vez eu tentei tirar aqueles brinquedos de lá e eu não sei como aconteceu, mas a porta se trancou sozinha e eu não conseguia abrir. Só consegui sair de lá depois que voltei tudo para o lugar. Aí eu me lembrei das palavras de seu pai. Eu só não contei sobre isso para vocês porque eu tinha medo de vocês quererem brincar com os brinquedos e acontecer algum mal com vocês, minha filha.
- Mas mãe, ele é o nosso pai, como ele poderia fazer um mal para a gente, e ainda morto?
- Ah, minha filha, obcecado como o seu pai era, eu não duvido de nada.
- Entendi mãe, mas só que agora eu estou com bastante medo.
- Não, minha filha, não precisa ter medo, pois ele só fica lá em baixo no porão e eu quero que você me prometa que não irá no porão mais e não vai comentar esse assunto com os seus irmãos.
- Ok, mãe. Pode deixar, vou ser obediente.
E enquanto isso Damião pensava em um jeito de descobrir aquilo tudo, e resolveu ir lá no porão novamente, mesmo sabendo que a mão os proibiu de ir lá. Chegando lá, ele vê os brinquedos de outro jeito e nem liga, e começa a tocar nos brinquedos e o barulho volta a acontecer no porão. O mesmo barulho de mais cedo, e ele continuou observando se tinha alguém lá e de onde vinha o barulho. Ele escutava o barulho, mas não conseguia ver ninguém.
Dona Judite resolveu contar para os seus outros 3 filhos e pede para Andréa ir chamá-los. E chega até a sala Bruno, Catarina e Andréa não achou o Damião. Sua mãe pede para ela o procurar.
E o primeiro lugar que ela foi procurá-lo foi no porão, pois sabia que Damião iria querer descobrir o que estava acontecendo. E lá estava ele com a cara assustada e Andréa já desconfiava do que tinha acontecido. Chamou ele e falou:
- Damião, você não pode ficar aqui.
- Por que não posso? Você virou minha mãe agora, é?
- Não virei. A minha mãe falou para nós não virmos aqui mais.
- Sim, e por que então você está aqui?
- É por que minha mãe falou para eu te chamar que ela está querendo conversar com todos nós.
E ele não quis saber de conversas e falou que só sairia depois que ele descobrisse aquilo tudo. Andréa viu que iria ser difícil convencê-lo sair dali naquele momento e resolveu contar ela mesmo.
Damião assustado resolveu sair dali logo, trancou a porta do porão e subiu. Chegando na sala, a mãe perguntou:
- Por que vocês sumiram? E que cara é essa de assustado?
Andréa foi logo falando.
- Mãe eu já contei tudo para ele. Ele estava lá em baixo e falei que a senhora estava chamando ele. Damião falou que não sairia de lá enquanto não descobrisse o que estava acontecendo e acabei contando.
E a mãe meio que chateada falou:
- Por um lado foi bom por que senão eu iria ter que contar tudo de novo, e por outro eu não gostei por que você me prometeu não contar pra ninguém.
Andréa pediu desculpas para a sua mãe e se sentou.
E a mãe falou:
- Vocês entenderam o porquê de eu não contar nada para vocês??
E todos respondem que sim. E falam com a mãe que não iriam pisar lá mais.
A mãe ficou feliz com o entendimento dos filhos e perguntou para eles o que que ela deveria fazer com o aquela parte do porão. E eles responderam que deveria ficar do mesmo jeito que sempre foi! E assim eles seguiram suas vidas como se nada tivesse acontecido...

Marcos Vinícios Brito - 19

Um comentário:

  1. parabéns pelo seu trabalho gostei muito del soltou a imaginação mesmo hen.continue assim a imaginação ok! Giselle 209

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