terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Visita à casa do medo

Amélia estava no primeiro ano do Ensino Médio. Naquele estranho dia, sua mãe pediu a ela que fosse numa loja esotérica depois da aula para comprar incenso. Quando ela chegou à loja, não havia ninguém para atendê-la… depois de chamar algumas vezes sem sucesso, foi entrando por uma porta que dava em outro cômodo. Esse cômodo era cheio de velas e lâmpadas coloridas, um pouco diferente e muito maior do que a recepção, e tinha algumas portas entreabertas. Sem sinal de qualquer pessoa, ela foi adentrando mais ainda na casa pra ver se achava alguma pessoa, a cada quarto que ela passava as portas estavam encostadas, mas ela tinha medo de olhar, pois temia ver algo assustador, quando de repente ela escutou alguns passos que pareciam vir se arrastando pela casa. Mais que depressa, ela saiu de dentro da loja e foi para a casa.
Ao chegar em casa, sua mãe lhe pediu os incensos. Ela mais que depressa pensou em uma desculpa, disse que não tinha se lembrado, mas que no dia seguinte, se a mãe quisesse, ela compraria. Deu essa desculpa na esperança da mãe dizer que não precisava, que ela mesma iria comprar. Mas não foi bem assim que aconteceu. A mãe disse que não tinha pressa e que no outro dia ela não se esquecesse de comprar o incenso.
No dia seguinte, sem mais ter desculpas, ela viu que teria que encarar o medo e comprar o incenso.
Ao chegar à loja, novamente não tinha ninguém para atendê-la. Ela tocou a campainha e ficou esperando que alguém aparecesse para lhe atender. De repente ela escuta os passos se arrastando e cada vez mais se aproximando, as pernas tremiam, o suor descia frio e, paralisada de tanto medo, não conseguia nem se mexer. E a única opção era encarar a bruxa-do-mar ou o zumbi que vinha atrás dela. Naquele momento, sua imaginação estava muito fértil, pois pensava ser várias coisas.
De repente, as cortinas se mexem e do nada surge uma senhora muito idosa que mal aguentava andar. Ao ver a senhora, Amélia ficou mais aliviada, pois não era nada do que tinha pensado.
Muito pelo contrário, a senhora era muito bondosa e lhe tratou com muito carinho. Amélia comprou os incensos e foi para a casa muito aliviada, pois acabara de enfrentar um tremendo susto.

Rafael Tadeu Bragança - 29

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